DC pretende lançar até 6 filmes por ano a partir de 2022
- Mundo Nerd D&D
- 13 de jan. de 2021
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Segundo Walter Hamada, teremos até mesmo duas franquias do Batman nos cinemas simultaneamente.

Em uma longa entrevista ao New York Times, o presidente da DC Films Walter Hamada anunciou que a editora deverá ter até 6 filmes lançados por ano a partir de 2022.
Segundo Hamada, até quatro filmes por ano terão grande orçamento e serão lançados exclusivamente nos cinemas, filmes com personagens conhecidos e com grande potencial como The Batman, Aquaman 2 e Adão Negro.
Já os filmes com custo de produção menor devem ser lançados diretamente no HBO Max, o estúdio planeja lançar até dois filmes por ano no serviço de streaming. Hamada citou nesses casos longas como Batgirl e Super-Choque. Isso não quer dizer que tais longas não poderão ser lançados nos cinemas, já que um filme com orçamento reduzido como Coringa ultrapassou a marca do bilhão de dólares nas bilheterias.
O executivo da DC Films ainda confirmou que a partir de agora, a empresa irá explorar todas as possibilidades que os longas poderão oferecer para a produção de filmes e séries derivados, como as séries do Pacificador e Gotham, derivados de O Esquadrão Suicida e The Batman.
Até o momento, The Batman e The Flash estão confirmados para estrear em 2022, Adão Negro estrearia no final de 2021 mas devido à pandemia do Covid-19 deve ser adiado para 2022.
Hamada ainda confirmou que a empresa apresentará ao público o conceito do multiverso, mundos paralelos onde diferentes versões de um personagem existem simultaneamente. Como exemplo, o executivo afirmou que nos próximos anos teremos duas franquias do Batman nos cinemas, interpretados por atores diferentes. Uma das franquias é The Batman, estrelado por Robert Pattinson; já a segunda franquia deixa aberta a possibilidade de Ben Affleck continuar no papel por mais alguns anos ou a empresa poderá explorar o Batman de Michael Keaton, já confirmado no filme do Flash.
A matéria cita que a Terra-1 é o lar dos heróis já apresentados no cinema como Mulher-Maravilha, Superman, Aquaman, Flash, etc. Já a Terra-2 é o lar do Batman de Robert Pattinson, resta saber como a empresa irá apresentar o conceito do multiverso nos cinemas e se adotará essa nomenclatura nos longas, tendo em vista que várias Terras já foram apresentadas no crossover Crise nas Infinitas Terras do canal CW.
A tática agressiva teve início após a compra da Warner Bros. pela AT&T, visando ampliar os lucros da empresa com as franquias que o grupo detém. Na última década, a DC arrecadou US$ 8 bilhões em bilheteria com filmes de super-heróis, enquanto a Marvel arrecadou US$ 20 bilhões. Com o lançamento do HBO Max, a WarnerMedia pretende equiparar o jogo com a Marvel criando um multiverso que conectará filmes e séries, tentando recuperar o tempo perdido nos últimos anos com a grande rotatividade de profissionais na supervisão da DC Films e com o gasto excessivo em longas que não tiveram o retorno esperado, como Batman vs Superman e Liga da Justiça, ambos dirigidos por Zack Snyder.
Falando em Zack Snyder, Hamada afirmou que a WarnerMedia ainda não tem planos de dar continuidade ao universo criado pelo diretor e que o Snyder Cut deverá ser a última produção da editora dirigida por Zack Snyder. O longa foi inclusive tratado como “uma rua que não leva a lugar nenhum”. Mas é claro que isso poderá mudar de acordo com a recepção do longa pelo público, uma prova disso é o lançamento do Snyder Cut no HBO Max, um projeto que custou mais US$ 70 milhões aos cofres da empresa e que só foi possível devido ao apelo dos fãs.
Walter Hamada chegou ao topo da DC Films em 2018 e desde então tem tentado organizar os lançamentos da marca. O executivo fazia parte da New Line, divisão da Warner Bros. que produz filmes de terror com orçamento baixo a intermediário. O executivo trabalhou com James Wan para construir o universo de Invocação do Mal, lançando seis filmes que arrecadarão US$ 1,8 bilhão mundialmente.
Se depender de Hamada e da AT&T, o Multiverso será a saída da WarnerMedia para explorar o máximo de personagens da DC Comics. O conceito funcionou na TV com as séries da CW que trouxeram até mesmo séries antigas para o mesmo multiverso apresentando várias versões de um mesmo personagem, mas nos cinemas esse conceito precisa atrair o maior público possível para justificar o alto investimento. “Não acho que ninguém mais tenha tentado isso. Mas o público é sofisticado o suficiente para entender. Se fizermos bons filmes, eles irão com ele”, completa Hamada.
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